O caso de um casal que faleceu na semana passada tem gerado grande repercussão e comoção nas redes sociais e na mídia. O motivo dessa repercussão é que os dois, que estavam prestes a completar 35 anos de união conjugal, morreram com apenas alguns minutos de diferença um do outro, o que trouxe à tona uma história de amor e cumplicidade que parecia transcender as barreiras da vida.
Genismar Fernandes, de 53 anos, foi o primeiro a sucumbir. Ele sofreu um infarto fulminante em casa, na pequena cidade de Corumbá de Goiás, situada no interior do estado de Goiás. O incidente ocorreu na última sexta-feira (19), e pegou todos de surpresa, uma vez que, apesar de seus problemas de saúde, ele parecia estar bem no momento em que tudo aconteceu. Sua esposa, Cleonice, ao presenciar o estado crítico do marido, também começou a passar mal, sendo necessário que ambos fossem socorridos e levados ao hospital da cidade.
A tragédia não parou por aí. Genismar e Cleonice, que haviam construído uma vida juntos e compartilhavam a rotina diária, vieram a falecer no mesmo dia, com um intervalo de apenas 30 minutos entre a morte de um e de outro. A situação é ainda mais comovente quando se leva em consideração o contexto de saúde do casal. Segundo relatos de Gheovanna Fernandes, de 30 anos, filha do casal, ambos já haviam sido diagnosticados com hipertensão e diabetes há alguns anos. Contudo, mesmo com esses problemas, estavam sob acompanhamento médico constante, o que, em teoria, deveria minimizar os riscos de um desfecho tão trágico.
Gheovanna relembra com emoção os acontecimentos daquela noite fatídica. Era uma noite aparentemente comum. Seu pai chegou em casa por volta das 22h30, tomou um banho para relaxar após o dia de trabalho e, em seguida, jantou com a família. Eles ainda tiveram tempo para uma breve conversa antes de se despedirem para dormir. No entanto, a tranquilidade daquela noite seria abruptamente interrompida poucas horas depois. “Por volta das 2 horas da manhã, minha mãe bateu desesperada na porta do meu quarto, pedindo ajuda porque meu pai estava caído no chão”, contou Gheovanna, ainda abalada.
O desespero tomou conta da família. Enquanto o irmão de Gheovanna tentava cuidar do pai caído no chão da casa, ela mesma se encarregou de ligar para o SAMU, na esperança de que o socorro chegasse a tempo de salvar seu pai. No entanto, o que ninguém esperava era que Cleonice, diante daquela situação, começasse também a passar mal. A mãe, que até então estava preocupada em salvar o marido, precisou ser amparada por outra filha e, em seguida, levada ao hospital junto com Genismar.
A história ganhou ainda mais dramaticidade com o relato de que Genismar havia feito um check-up recentemente, e nenhuma anormalidade havia sido detectada pelos médicos. Isso torna ainda mais difícil para a família e amigos entenderem como algo tão devastador pôde acontecer de forma tão repentina. O laudo médico apontou que a causa da morte de ambos foi infarto, mas, para Gheovanna, a explicação transcende o diagnóstico médico. “Ficou claro que ela não queria viver sem ele”, disse a filha, em um momento de dor, mas também de reconhecimento da intensidade do amor que unia seus pais.
A história de Genismar e Cleonice, embora triste, também é vista como um testemunho de um amor que ultrapassa os limites da vida e da morte. Eles passaram mais de três décadas juntos, enfrentando as dificuldades da vida lado a lado, criando seus filhos, e sonhando com um futuro onde continuariam juntos. É como se a vida tivesse decidido que eles não deveriam se separar nem mesmo no momento da morte.
Os amigos e familiares que conheciam o casal testemunham que eles eram inseparáveis. Onde um estava, o outro também estava. Eles eram conhecidos por serem companheiros em todos os momentos, desde as tarefas do dia a dia até as viagens e passeios que faziam juntos. Essa cumplicidade era visível para todos que conviviam com eles, e a morte simultânea apenas reforça o quanto estavam conectados.
A pequena cidade de Corumbá de Goiás ficou em choque com a notícia. O caso, que rapidamente se espalhou pelas redes sociais e noticiários locais, gerou uma onda de solidariedade e comoção. Muitos moradores se lembram do casal como pessoas queridas e respeitadas na comunidade. As mensagens de apoio e as homenagens aos dois foram inúmeras, e não foram poucos os que se emocionaram com a história.
O velório de Genismar e Cleonice foi realizado na própria cidade, e contou com a presença de amigos, familiares e vizinhos que vieram prestar suas últimas homenagens. O clima era de profunda tristeza, mas também de uma certa paz, pela certeza de que, mesmo na morte, os dois permaneceram juntos.
Agora, resta à família encontrar forças para seguir em frente, levando consigo o exemplo de amor e união que Genismar e Cleonice deixaram. A história desse casal, que viveu e morreu junto, serve como um lembrete do poder do amor e da importância de valorizar cada momento ao lado das pessoas que amamos.
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