Compulsão em roer unhas é sinal de alerta


Onicofagia: Compulsão em roer unhas é sinal de alerta!

Roer a unha pode parecer normal. Mas muitos desconhecem os danos que pode causar à saúde se isso se tornar um hábito compulsivo. É a chamada onicofagia, que atinge homens e mulheres de todas as idades, sendo mais comum em crianças e adolescentes.

Para a psicóloga clínica de São Paulo Marina Genova, isso não é considerado um distúrbio, mas um sintoma de que algo não está bem. “Na psicologia é dito como um fenômeno subjetivo, que podem ser pensamentos, comportamentos, um sinal de que alguma coisa possa estar causando muito sofrimento, ansiedade e angústia”, explica.

A compulsão em roer unhas, conhecida como onicofagia, é um comportamento comum que pode estar relacionado a vários fatores psicológicos e emocionais.

Aqui estão alguns fundamentos que ajudam a entender essa compulsão:

  1. Ansiedade e Estresse: Muitas pessoas roem as unhas como uma forma de lidar com a ansiedade ou o estresse. O ato pode oferecer uma sensação temporária de alívio.
  2. Hábito: Para alguns, roer as unhas se torna um hábito que é difícil de quebrar, muitas vezes sem que a pessoa perceba que está fazendo isso.
  3. Tédio ou Foco: Pode ocorrer em momentos de inatividade, quando a pessoa está entediada ou distraída, funcionando como uma forma de ocupar as mãos.
  4. Imitação: Algumas pessoas podem começar a roer as unhas ao observar outros fazendo isso, especialmente durante a infância.
  5. Questões Emocionais: Sentimentos de insegurança, baixa autoestima ou outros problemas emocionais podem levar a esse comportamento como uma forma de auto-sabotagem.

O controle sobre a onicofagia pode ser difícil devido à natureza automática do comportamento e à associação com emoções negativas. Muitas vezes, a conscientização do ato e a identificação de gatilhos emocionais podem ajudar a reduzi-lo. Se a compulsão for severa, procurar a ajuda de um profissional de saúde mental pode ser uma boa opção.

Uma pessoa em estado grave de onicofagia pode apresentar várias características físicas e comportamentais, incluindo:

  1. Danos Visíveis nas Unhas: As unhas podem estar irregulares, quebradas ou completamente ausentes em algumas áreas. A pele ao redor pode estar inflamada, com feridas ou calosidades.
  2. Sinais de Infecção: Pode haver vermelhidão, inchaço ou secreção ao redor das unhas, indicando infecções bacterianas ou fúngicas.
  3. Comportamento Ansiogênico: A pessoa pode demonstrar sinais de ansiedade ou estresse frequentes, como inquietação, agitação ou dificuldade de concentração.
  4. Hábito Automático: Roer as unhas pode ocorrer de forma quase inconsciente, mesmo em situações que não exigem foco ou atenção.
  5. Impacto Social e Emocional: A pessoa pode evitar situações sociais por vergonha do hábito ou por estar ciente dos danos. Isso pode levar a isolamento e problemas de autoestima.

Há estudos que abordam a onicofagia.

Estes dizem que esse hábito pode estar intimamente relacionada à compulsões, ou seja, comportamentos adotados no alívio da ansiedade. Também pode associar-se  a depressão.
Outro motivo que leva as pessoas a roerem as unhas é o nervosismo.

O analista de suporte de Santo André João Ângelo de Marchi Junior, de 22 anos, sabe bem disso. “Quando fico nervoso com alguma coisa é a hora que mais fico roendo as unhas”, diz.
O ato de levar a unha até a boca pode causar o seu desgaste, ocasionar cáries e até uma infecção.

Os problemas vão além da estética. “Além disso, esse ato estará eliminado a barreira de proteção da unha dando oportunidades à entrada de bactérias e fungos, ocasionando as infecções secundárias”, afirma.

A tecnóloga de Santo André, Aline Cantão Lima, de 22 anos, é um exemplo. Ela roe as unhas desde criança e já provocou até sangramentos. Aos 15 anos teve depressão o que a fez roer mais ainda.  No mesmo ano, surgiu a gastrite e, por isso, teve que começar a se controlar.

“Com a depressão, eu ficava muito triste e ansiosa e roia muito as unhas, mas como tomava remédios para isso e para a gastrite tive que me controlar porque eles eram extremamente fortes”, relata.

Para ajudar, ela passava esmalte com cheiro e gosto ruim.

“ Mas não adiantou, porque me acostumei e continuei roendo”

Aos poucos Aline está parando de roer as unhas. “Recentemente, consegui pela primeira vez pintar a unha de francesinha, parece besteira, mas para mim foi uma conquista”, comemora.

Recomendação – A psicóloga explica que o acompanhamento psicológico é bastante valioso e aconselhável para as pessoas que sofrem com isso. “Psicoterapeuta e paciente, poderão trabalhar e descobrir o que está por trás da ansiedade que  eventualmente está desencadeando aquele sintoma, além de observar outros conteúdos que fazem o paciente ser quem é”, afirma.

Ela ainda conta que produtos com gosto desagradáveis para passar nas unhas e evitar que sejam roídas, podem até amenizar. “Esse efeito será por um determinado período, porque na verdade o sintoma reaparecerá na mesma forma ou apresentado sob outra, que poderá ter também um caráter de automutilação ou não”.

7 dicas para deixar de roer as unhas

O ato de roer as unhas, conhecido cientificamente como onicofagia, é um hábito que afeta homens e mulheres, que pode iniciar desde criança e persistir durante a vida adulta, e está muito associado a ansiedade e sentimentos de insegurança.

Este hábito pode causar danos nos dentes e nos dedos, resultando em um aspecto descuidado, além de favorecer o desenvolvimento de infecções que devem ser tratadas.

Para deixar de roer as unhas, é recomendado controlar a ansiedade, que poderá ser a causa que está na raiz do problema. Entretanto, existem algumas dicas que podem ser seguidas para evitar este hábito, como:

1. Manter as unhas bem cortadas e lixadas

As unhas curtas evitam pontas que servem de tentação, evitando o hábito. Além disso, manter as unhas bem feitas e pintadas, semanalmente, com manicure, também é um estímulo a mais para querer manter as unhas bonitas e evitar mordiscar os dedos.

2. Pintar as unhas com esmalte especial

Os esmaltes para deixar de roer as unhas têm um gosto muito amargo, que fazem com que a pessoa evite colocar os dedos na boca. Eles são incolores, servindo para homens, mulheres e crianças acima de 4 anos, e podem ser comprados em farmácias.

3. Aplicar unhas falsas ou em gel

Cobrir as unhas com unhas postiças ou unhas em gel, além de melhorar a estética, diminui o impulso de roê-las, porque a pessoa ficar com receio de estragar a manicure.

Outra dica é cobrir uma ou algumas delas com curativo, e ao fim de uma semana, retirar e ver como a unha ficou mais bonita e saudável em comparação com as outras. 

4. Se distrair com uma bola anti-estresse

Adotar um novo hábito que substitua o de roer as unhas, como brincar com uma bola anti-estresse ou um elástico, por exemplo, são formas de ocupar a cabeça e as mãos com novas atividades ao invés de roer as unhas.

5. Mascar um chiclete

Principalmente nos momentos de maior ansiedade ou tédio, mascar um chiclete também é uma boa opção para evitar o vício.

6. Investir em um hobbie

Encontrar formas de aliviar a ansiedade, como ouvir música, conversar com alguém ou praticar atividades físicas após o trabalho, por exemplo, podem aliviar a ansiedade e fazer com que a pessoa tenha menos manias e hábitos viciantes, como roer as unhas.

7. Fazer uma alimentação equilibrada

Em alguns casos, o hábito de roer as unhas pode ser uma consequência de deficiências nutricionais, como falta de cálcio e/ou magnésio, por exemplo, que leva a pessoa a roer a unha, de forma a recuperar esses minerais.

Por isso, é importante manter uma dieta equilibrada, rica em vitaminas e minerais, de forma a evitar deficiências nutricionais.

Principais consequências

Algumas das principais consequências de roer unhas, que fazem com que seja importante abandonar este hábito, são:

  • Surgimento de ferimentos na pele dos dedos e nas cutículas, o que facilita a infecção por bactérias e fungos;
  • Deformações nas unhas, nos dedos e na pele ao redor, o que causa constrangimentos pelos efeitos estéticos;
  • Aumento das chances de desenvolver problemas gastrointestinais, como gastroenterites e gastrites;
  • Dificuldade para realizar algumas atividades, como tocar um instrumento musical, desenhar e escrever.

As unhas servem como proteção da parte superior dos dedos, para auxiliar na pressão que se exerce com os dedos, e como barreira para a entrada de micróbios no corpo e na corrente sanguínea, e, por isso, devem ser mantidas bem conservadas para impedir o adoecimento pelo contato com micro-organismos.

Por fim, Veja também: Como fazer limpa piso milagroso: mistura caseira para deixar sua casa brilhando

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