O sarcoma sinovial é um tipo raro de câncer que afeta os tecidos moles do corpo, especialmente próximos às articulações, como joelhos e cotovelos. Este tipo de tumor pode ser agressivo e se espalhar para outras partes do corpo, exigindo um diagnóstico precoce e um tratamento adequado. Vamos explorar as causas, sintomas e opções de tratamento para entender melhor essa condição.
A modelo Vera Viel, esposa do apresentador Rodrigo Faro, revelou nas redes sociais que foi diagnosticada com um câncer na coxa. Nesta sexta-feira (11), ela passará por uma cirurgia para remover o tumor e continuará seu tratamento médico.
Eu tenho um sarcoma sinovial, um tumor raro e maligno na minha coxa esquerda. Estou pronta para enfrentar essa batalha!”, declarou Vera.
Maria Leticia Gobo Silva, líder do Centro de Referência em Sarcomas e Tumores Ósseos do A.C.Camargo Cancer Center, explica que o sarcoma sinovial pertence ao grupo dos sarcomas de partes moles.
“Os sarcomas de partes moles podem se desenvolver a partir de diferentes tecidos, como vasos sanguíneos, músculos, gordura, pele, nervos e vasos linfáticos. O sarcoma sinovial é um tipo específico que se origina dos tecidos conjuntivos próximos às articulações”, esclarece a médica.
Em geral, os sarcomas são neoplasias raras, representando cerca de 1% de todos os cânceres. O sarcoma sinovial corresponde a aproximadamente 5% a 10% dos sarcomas de partes moles.
“Esse tipo de sarcoma afeta principalmente adolescentes e adultos jovens, mas pode ocorrer em qualquer idade, com uma distribuição semelhante entre os sexos. Cerca de 70% dos casos estão localizados nas extremidades inferiores (coxa, perna e pé) e nas extremidades superiores (braço, antebraço e mão)”, explica Jadivan Leite de Oliveira, cirurgião oncológico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Embora a causa exata desse câncer não seja conhecida, alguns fatores de risco podem predispor certas pessoas ao desenvolvimento desses tumores, como síndromes familiares associadas a alterações genéticas.
“Na maioria dos casos, não conseguimos identificar uma causa específica ou associar o tumor a algum fator de risco. A maior parte dos casos ocorre de forma esporádica, sem uma explicação clara”, conclui Maria Leticia Gobo Silva.
O que é Sarcoma Sinovial?
O sarcoma sinovial é um tipo de sarcoma de tecidos moles que geralmente afeta pessoas entre 15 e 40 anos. Embora as causas específicas do sarcoma sinovial não sejam completamente compreendidas, estudos indicam que alterações genéticas desempenham um papel importante no desenvolvimento dessa doença.
Causas do Sarcoma Sinovial
Ainda que as causas exatas do sarcoma sinovial não sejam completamente conhecidas, alguns fatores de risco e predisposições genéticas foram associados ao desenvolvimento dessa doença.
Fatores de Risco:
- Idade : Pessoas mais jovens, especialmente adolescentes e adultos jovens, são mais propensas a desenvolver sarcoma sinovial.
- Genética : Anomalias cromossômicas, como a translocação entre os cromossomos X e 18, estão frequentemente associadas a este tipo de sarcoma.
- Exposição a Produtos Químicos : A exposição a certos produtos químicos industriais pode aumentar o risco, embora ainda faltem evidências conclusivas sobre essa ligação.
Sintomas do Sarcoma Sinovial
Os sintomas do sarcoma sinovial variam dependendo do tamanho e da localização do tumor. Alguns sinais comuns incluem:
1. Inchaço e Dor:
- Um dos primeiros sintomas é o inchaço próximo à articulação, que pode ser acompanhado de dor.
- A dor tende a ser persistente e pode aumentar com o tempo, afetando a mobilidade.
2. Sensação de Massa ou Caroço:
- O caroço pode ser palpável e variar em tamanho. Muitas vezes é firme e pode ser confundido com outros problemas de articulação.
3. Limitação de Movimento:
- Conforme o tumor cresce, ele pode limitar a mobilidade da articulação, causando desconforto ao movimentar o braço ou a perna.
4. Sintomas Gerais:
- Em alguns casos, podem ocorrer febre e perda de peso , mas são menos comuns.
Diagnóstico do Sarcoma Sinovial
O diagnóstico precoce do sarcoma sinovial é fundamental para garantir o tratamento adequado. Algumas das técnicas usadas incluem:
Exames de Imagem:
- Ressonância Magnética (RM) : Avalia o tamanho e a extensão do tumor.
- Tomografia Computadorizada (TC) : Ajuda a detectar se o tumor se encontra para outras áreas.
Biópsia:
- A biópsia é essencial para confirmar o diagnóstico. Neste procedimento, uma amostra do tecido é coletada e comprovada para detectar células cancerígenas.
Tratamentos para o Sarcoma Sinovial
Os tratamentos para sarcoma sinovial variam de acordo com o estágio da doença e a localização do tumor. Abaixo estão as opções de tratamento mais comuns:
1. Cirurgia:
- A cirurgia é geralmente o tratamento primário, removendo o tumor e algumas margens de tecido saudável para garantir que todas as células cancerígenas sejam eliminadas.
- Em casos mais avançados, pode ser necessária a amputação , mas isso é raro.
2. Radioterapia:
- A radioterapia pode ser usada antes ou após a cirurgia para reduzir o tumor e matar células cancerígenas residuais.
- Esse tratamento também é uma opção para casos em que a cirurgia não é viável.
3. Quimioterapia:
- A quimioterapia pode ser recomendada, especialmente se o sarcoma sinovial for fornecido para outras partes do corpo.
- Em alguns casos, é administrado junto com a radioterapia para aumentar a eficácia do tratamento.
4. Terapias Alvo:
- Novas opções de terapias alvo estão sendo estudadas e utilizadas, com foco específico em células cancerígenas, ou que podem ser uma alternativa eficaz em determinados casos.
Prognóstico e Qualidade de Vida
O prognóstico do sarcoma sinovial varia conforme o estágio do diagnóstico e a resposta ao tratamento. Nos casos em que o câncer é detectado precocemente, as taxas de sobrevivência são mais altas. Para melhorar a qualidade de vida e lidar com os desafios físicos e emocionais, é importante contar com apoio psicológico e seguir um plano de reabilitação física.
O sarcoma sinovial é um tipo raro e agressivo de câncer que requer atenção médica imediata. Conhecer os sintomas, fatores de risco e opções de tratamento pode ajudar no diagnóstico precoce e na escolha do tratamento mais adequado. Se você identificar alguns dos sintomas recomendados, consulte um médico para uma avaliação detalhada.
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