A morte da influenciadora digital Aline Maria Ferreira da Silva, ocorrida no Distrito Federal na terça-feira (2), após um procedimento estético para aumentar os glúteos com aplicação de PMMA, levantou uma série de questões sobre a segurança e os riscos envolvidos em tratamentos estéticos. Aline, que tinha 33 anos, faleceu em um hospital particular de Brasília, onde estava internada desde o sábado anterior (29).
O procedimento estético, realizado no dia 23 de junho, ocorreu em uma clínica de estética em Goiânia (GO). O marido de Aline relatou que a cirurgia foi rápida e eles retornaram para Brasília no mesmo dia. Ele também afirmou que, inicialmente, Aline parecia estar bem, mas no dia seguinte começou a apresentar febre. A resposta da clínica foi que a febre era uma reação normal e que ela deveria tomar um antitérmico.
Apesar de seguir as orientações da clínica, a febre de Aline persistiu e, na quarta-feira, ela começou a sentir dores na barriga. Conforme o quadro se agravava, na quinta-feira, Aline desmaiou e foi levada ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde permaneceu por um dia antes de ser transferida para um hospital particular na Asa Sul. Infelizmente, Aline não resistiu e faleceu alguns dias depois.
Aline Maria Ferreira da Silva era uma influenciadora digital com uma presença significativa nas redes sociais. Segundo o marido, ela recebeu uma aplicação de 30ml de PMMA em cada glúteo durante o procedimento estético. O PMMA, ou polimetilmetacrilato, é uma substância plástica usada em preenchimentos estéticos faciais e corporais. Apesar de ser utilizado para o aumento dos glúteos, o PMMA pode causar reações inflamatórias severas, levando a deformidades e necrose dos tecidos onde é aplicado.
O marido de Aline mencionou que o procedimento foi realizado pela dona da clínica de Goiânia, que chegou a visitar Aline em Brasília após ela passar mal. No hospital, a responsável pela clínica negou ter usado PMMA e afirmou ter aplicado um “bioestimulador”. Posteriormente, ela sugeriu por telefone que Aline poderia ter contraído uma infecção do lençol de casa, o que o marido de Aline negou categoricamente, argumentando que o local da aplicação nunca apresentou inflamação ou secreção.
Além das complicações do procedimento, a falta de clareza e a contradição nas informações fornecidas pela clínica só aumentaram a dor e a confusão da família de Aline. Segundo o marido, nenhum medicamento administrado no hospital conseguiu reverter o quadro, possivelmente devido à natureza do produto injetado.
O corpo de Aline será velado e sepultado nesta quinta-feira no cemitério Campo da Esperança do Gama, no Distrito Federal. A tragédia de sua morte traz à tona a necessidade de maior fiscalização e regulamentação nos procedimentos estéticos, bem como a importância de se realizar tais procedimentos com profissionais devidamente qualificados e em clínicas certificadas. A história de Aline é um alerta para todos sobre os riscos associados a procedimentos estéticos invasivos e a necessidade de se priorizar a saúde e segurança acima de resultados estéticos.
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